
Diferenças nos marcadores genéticos podem explicar impacto do novo Coronavírus no organismo. Segundo novos estudos, questões de género também podem ter relevância quando se estuda a virose.
Os cientistas procuram cada vez mais pistas sobre a perigosa doença que desencadeou a primeira pandemia do século. Segundo artigo da Scientific American, já podemos ter algumas das tão procuradas respostas. Estudos feitos sobre o género e até tipo sanguíneo dos pacientes revelam uma maior predisposição para complicações entre homens e portadores do sangue tipo A.
As mulheres estariam teoricamente mais ¨imunes¨, uma vez que possuem dois cromossomos X, e consequentemente dois genes tipo TLR7. O gene é responsável por desencadear a resposta imunitária, na linha de frente contra patógenos que atacam o corpo.
Fatores relativos ao tipo sanguíneo também se fazem relevantes, uma vez que podem conferir maior ou menor predisposição a infecção pelo vírus. Isso porque na superfície das células sanguíneas, estão presentes dois tipos diferentes de sacarídeos -açúcares-, dependendo do tipo sanguíneo, a resposta imunológica será mais ou menos ¨agressiva¨.
Enquanto indivíduos de sangue O possuem maior gama de anticorpos, indivíduos do tipo AB são mais ¨frágeis¨ em termos de respostas imunitárias, segundo o estudo.
Os estudos dizem respeito ainda sobre análises epidemiológicas correlacionando a frequência de certos genes e as taxas de mortalidade, e ainda uma possível ligação entre os genes responsáveis por codificar as proteínas em leucócitos e o risco de contaminação do paciente.
Enquanto as respostas ainda são lentas, a Universidade de Helsinki lançou o Covid-19 Host Genetics Initiative, que servirá como um banco de dados para estudos genéticos sobre a doença, assim como possíveis descobertas feitas nos quatro cantos do globo, num esforço para compilar toda e qualquer descoberta que possa ajudar na batalha contra o inimigo silencioso.